Nomofobia: O Perigoso Colapso da Saúde Mental dos Jovens no Mundo Digital
EDUCAÇÃO


Os gritos de crianças e adolescentes, tomados pela raiva quando têm os eletrônicos suspensos, estão se tornando cada vez mais comuns na internet. Em vídeos que viralizam, pais desesperados compartilham cenas de casas destruídas ou de filhos em surtos, refletindo uma problemática crescente. Em um caso recente no Brasil, um jovem chegou ao extremo de tirar a vida dos próprios pais e irmã, confessando que o motivo foi a proibição do uso do celular. Esses casos chocantes são apenas a ponta do iceberg de uma epidemia global: o uso descontrolado de telas e a dependência digital entre os jovens.
Esse comportamento disfuncional está sendo denominado nomofobia, termo que descreve o medo irracional ou a ansiedade de ficar sem celular ou sem acesso à internet. Como uma forma de vício, essa condição reflete um colapso emocional. "As redes sociais, como Instagram e TikTok, perpetuam padrões inatingíveis de beleza e popularidade", explicam especialistas. "Esses algoritmos incentivam a dependência, alimentando sintomas de depressão, isolamento social e até pensamentos suicidas."
Pesquisas recentes apontam que o excesso de uso dos dispositivos eletrônicos gera consequências graves, como a privação de sono e a falta de atividades físicas, que, quando combinados, são um "combustível para a depressão", especialmente entre adolescentes, em sua maioria meninas. Esse contato constante com o mundo virtual intensifica a ansiedade e o desejo de aprovação social, transformando as redes sociais em gatilhos para a autodestruição.
Apesar desse cenário preocupante, especialistas também destacam que é possível transformar o relacionamento com o mundo digital. Estabelecer limites claros e não negociáveis para o uso dos dispositivos, por exemplo, é uma prática essencial para uma rotina mais equilibrada e saudável. "Trata-se de educar e conscientizar sobre o uso consciente e responsável das tecnologias, principalmente entre os jovens", concluem.
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