Furacão Helene deixa cenário de devastação no sul dos EUA com centenas de mortos
MUNDO


Um cenário "apocalíptico" se estende por mais de 800 quilômetros nos estados afetados pelo furacão Helene, que já deixou 115 mortos confirmados e dezenas de desaparecidos. A Carolina do Norte é o estado que mais sofreu com a tempestade, registrando 42 mortes, o maior número de perdas até o momento.
A tragédia mobilizou equipes de resgate e membros da Guarda Nacional de 19 estados, que agora se concentram em missões de busca e resgate. As inundações extremas arrastaram casas, destruíram pontes e deixaram um rastro de destruição que ainda está sendo avaliado. As operações são dificultadas pela falta de infraestrutura, com cerca de 400 estradas fechadas por serem consideradas inseguras.
Mais de 2 milhões de residências continuam sem energia elétrica, agravando a situação para as vítimas que tentam se recuperar da devastação. Em Asheville, na Carolina do Norte, não há serviço de celular ou abastecimento de água há vários dias, o que impede as autoridades de emitirem ordens de evacuação em áreas de risco de novas inundações.
No Tennessee, a situação também é grave, com mais de 70 pessoas desaparecidas e duas mortes confirmadas. As equipes de resgate continuam trabalhando intensamente em busca de sobreviventes.
O presidente Joe Biden anunciou que visitará as comunidades mais afetadas no final desta semana. Enquanto isso, os candidatos presidenciais Kamala Harris e Donald Trump expressaram suas condolências às vítimas e prometeram apoio às operações de socorro.
O furacão Helene atingiu a região de Big Bend, na Flórida, na noite de quinta-feira, como um furacão de categoria 4, com ventos de até 140 mph (225 km/h). Agora, Helene é classificado como um dos furacões mais mortais a atingir os Estados Unidos nos últimos 50 anos, superando o furacão Irma de 2017, que causou 92 mortes.
Comparações são inevitáveis com outros desastres. O furacão Katrina, de 2005, continua no topo da lista, com pelo menos 1.833 mortes, seguido pelo furacão Ian, que em 2022 causou 150 mortes no sudeste da Flórida. Helene agora se coloca em terceiro lugar, como uma das tempestades mais devastadoras a atingir o país nas últimas décadas.