"Direito dos pais". Flórida muda maneira de financiar a educação
EDUCAÇÃO
Na grande maioria dos estados americanos, o sistema de matrícula na rede pública de ensino segue regras rígidas.
Os responsáveis pela criança só podem aplicar para escolas correspondentes ao CEP da região onde moram.
Na prática, escolas com boa pontuação no ranking estadual estão em regiões onde o custo de vida – moradia e atividades extras – são mais caras em comparação aquelas com pontuação menor.
Matricular o filho em uma escola fora do seu distrito escolar é considerado fraude e pode resultar até em prisão.
A regra impede que crianças com grande potencial acessem escolas com maiores incentivos e oportunidades. Mas, um movimento chamado "direito dos pais", está mudando essa realidade.
Iowa, Utah, Arkansas e Flórida se uniram aos estados que decidiram mudar a maneira como financiam a educação no ensino fundamental e médio, tornando mais fácil para as famílias usarem o dinheiro dos impostos para enviar os filhos para escolas particulares.
A brasileira Kaline Costa tem três filhos. Ela sabe a importância do movimento que resgata o empoderamento dos pais nas decisões quem envolvem a vida escolar dos filhos.
Em 2023, legisladores republicanos, em pelo menos 34 estados, propuseram a criação ou expansão de programas financiados por impostos para ajudar os pais a cobrir o custo da educação privada, afirma uma pesquisa da Universidade de Georgetown.
Na Flórida, atualmente apenas as famílias de baixa renda são elegíveis para o programa, mas o requisito renda foi eliminado a partir de 1º de julho.
O projeto de lei que expande o programa conhecido como Bolsa de Empoderamento da Família foi assinado pelo Governador Ron DeSantis em março deste ano, juntamente com o pacote que inclui aumento de benefícios para os professores da rede pública e outras ações que visam amenizar a crise enfrentada pelo Estado para contratar mão de obra e absorver o número crescente de estudantes.