Cartas de baralho com fotos de vítimas de casos arquivados chegam as prisões americanas

MUNDO

Karlla Marinho

3/30/20241 min read

Cartas de baralho com fotos de vítimas de assassinato ou sequestro. Casos sem solução, onde os autores nunca pagaram pelos crimes.

Esse baralho diferente chegou às prisões de todos os estados americanos, não para promover entretenimento, mas para dar esperança de que entre uma jogada e outra, alguém possa dar pistas sobre o paradeiro dos criminosos.

Em uma das cartas, está estampado o rosto de Desmond Jones, de 13 anos, morto com um tiro em abril de 2011. O assassinato do jovem nunca foi resolvido, mas para o ex-investigador do Departamento de Aplicação da Lei da Flórida, Trish Routte, "Todos esses casos podem ser resolvidos apenas com as informações corretas."

A estratégia das cartas foi ideia dele, as denúncias podem ser anônimas e o preso que colaborar com informações que levem a solução do caso, pode receber recompensa.

Na primeira edição do jogo de baralho, distribuída em 2006, um caso de assassinato ocorrido em 2004, em Fort Myers na Flórida, foi resolvido." Eles estavam jogando cartas e o cara disse, ah, esse cara, eu matei esse cara", relembra Trish.

A impressão das cartas foi patrocinada pela ONG Season of Justice que ajuda agências de aplicação da lei a resolverem casos arquivados.

Pelo menos 600 jogos foram distribuídos nas cadeias do Sul da Flórida. Até o final do ano, eles devem chegar das unidades prisionais de todo o estado.

Apesar dos rostos estampados nas cartas representarem histórias diferentes, todas têm algo em comum, histórias de vida interrompidas que no lugar de um ponto final, estão apenas com uma interrogação, deixando famílias sem respostas e sem justiça.

Na primeira edição do jogo de baralho, distribuída em 2006, um caso de assassinato ocorrido em 2004, em Fort Myers na Flórida, foi resolvido.