Biden convoca 3.000 militares da reserva ativa para operação na Europa
A operação Atlantic Resolve é de longo prazo e age em resposta às ações russas na Ucrânia.
MUNDO
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou nesta quinta-feira uma ordem executiva que permite o envio de militares da reserva para reforçar Operação da OTAN.
De acordo com a nota divulgada pela Casa Branca, o reforço da tropa seria para a condução efetiva da Operação Atlantic Resolve "Pela autoridade que me foi conferida como Presidente pela Constituição e pelas leis dos Estados Unidos da América, incluindo as seções 121 e 12304 do título 10, Código dos Estados Unidos, determino que é necessário aumentar as Forças Armadas ativas dos Estados Unidos para a condução efetiva da Operação Atlantic Resolve dentro e ao redor da área de responsabilidade do Comando Europeu dos Estados Unidos".
Os EUA têm mais de 100 mil militares na Europa, um número que cresceu desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022.
Os reservistas das forças armadas americana selecionados, farão parte dos destacamentos rotativos em andamento que reforçam a Otan e seu efetivo no leste. A ordem executiva recém-assinada designa a Operação Atlantic Resolve como uma operação de contingência, que dá aos reservistas os mesmos benefícios que os militares da ativa.
Nenhuma tropa dos Estados Unidos está diretamente envolvida na guerra na Ucrânia.
A medida ocorre pouco depois de Biden participar de uma cúpula de dois dias da Otan em Vilnius, na Lituânia.
Operação Atlantic Resolve
A Operação Atlantic Resolve é uma iniciativa lançada em 2014 durante o governo do então presidente Barack Obama em resposta às ações militares russas na Ucrânia. Ele foi projetado para reforçar as defesas dos países da Otan.
A Rússia invadiu e anexou a Península da Crimeia em 2014 – uma medida que nunca foi reconhecida pelos EUA, Ucrânia ou aliados dos EUA. A anexação ocorreu em março.
Em abril daquele ano, o pessoal do Exército e da Força Aérea dos EUA foi enviado para a Polônia, Letônia, Lituânia e Estônia para realizar exercícios militares não programados. As operações de longo prazo dos EUA na Europa também foram aprimoradas.


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