Alunos da Lafayette College vivenciam jornada transformadora no Brasil com foco em sustentabilidade e empreendedorismo
EDUCAÇÃO
Arquivo Pessoal
Por Redação Univrus | Guarujá (SP)
Quatorze estudantes da Lafayette College, na Pensilvânia (EUA), trocaram as nevascas do inverno norte-americano pelas praias ensolaradas do litoral brasileiro durante o programa World Runs on Processes 2025. Promovido pela própria universidade, o projeto proporcionou uma jornada de 17 dias unindo aprendizado acadêmico, práticas sustentáveis e intensa troca cultural.
“Nosso objetivo foi mostrar que os processos que regem o mundo – sejam econômicos, sociais ou ambientais – são interdependentes. E que é possível aprender isso fora da sala de aula, vivenciando na prática”, explicou Michael Senra, professor de engenharia química e coordenador da iniciativa.
A expedição começou em São Paulo, onde os alunos exploraram os complexos sistemas urbanos de uma das maiores metrópoles do planeta. Lá, puderam observar como funcionam os processos de mobilidade, infraestrutura e desigualdade social em um ambiente dinâmico e multifacetado.
Mas foi longe da selva de pedra que os jovens tiveram o ponto alto da experiência: a Ilha dos Arvoredos, no litoral do Guarujá (SP). Com paisagens paradisíacas, o local é hoje um laboratório vivo de práticas sustentáveis — e guarda uma conexão emocional com a própria Lafayette College: foi idealizado na década de 1950 pelo ex-aluno Fernando Lee, um dos pioneiros da ecologia no Brasil.
“Fernando desenvolveu uma visão ambiental muito à frente de seu tempo. Trazer os alunos aqui é como fechar um ciclo, onde passado e futuro se encontram em torno de um ideal comum: o respeito ao planeta”, destacou Senra.
Durante a imersão na ilha, o grupo participou de atividades como a limpeza de praias e manguezais, trilhas ecológicas, tirolesa e oficinas com o Instituto Nova Maré, responsável pela gestão dos projetos sustentáveis na ilha. Os estudantes ainda foram desafiados a propor soluções práticas que possam ser implementadas pela organização local.
A diversidade acadêmica dos participantes — vindos dos cursos de economia, antropologia, sociologia, psicologia e neurociência — enriqueceu os debates e reforçou a importância da interdisciplinaridade no enfrentamento dos desafios globais.
“Foi uma experiência transformadora. Os alunos voltam não só com novos conhecimentos, mas com uma consciência mais crítica e um senso de propósito mais forte. Isso é educação de verdade”, concluiu Michael Senra.
O World Runs on Processes 2025 reafirma o potencial das parcerias internacionais e do aprendizado experiencial como ferramentas poderosas na formação de lideranças mais humanas, conscientes e preparadas para um mundo em constante mudança.